Mozart dead in his own Requiem or modern classical music sucks!
(Português abaixo)
We have just returned from the Jubiläums Konzert at the Friendenskirche (Church of Friendship) located inside the Sanssouci Palace complex, in Potsdam. The concert was advertised as containing Mozart's Requiem and Bach's cantata Ein' Feste Burg Ist Unser Gott (A Mighty Fortress Is Our God), two very nice pieces. It also mention a piece by Haas entitled Sieben Klangräume (Seven Sound Spaces). I did not checked who Haas was so I was unaware of what to expect, but I thought that someone between Mozart and Bach must be good, how wrong.
In reality, this Seven Sound Spaces are seven pieces of modern avant-guarde (usually synonym of "piece of crap") intertwined with Mozart's Requiem. So, between Dies Irae and Tuba Mirum the orchestra played five minutes of traffic jam noise; before Rex Tremendae the choir made sounds like people being possessed by voodoo spirits; before Recordare a few instruments spent several minutes imitating the sound of a door needing oil. You get the picture. Below is such "masterpiece" from YouTube. Where there is music it is Mozart, anywhere else, it is Haas.
The interest thing is that at the end of the piece there was no applause. None whatsoever. After a few minutes a few tried to start clapping but nobody followed. Total silence. There were like 500 people in the audience, and it was an unbelievable scene of disapproval. What save the night was Bach, which was performed the last.
I did some Internet search about Georg Friedrich Haas. He is Austrian and still alive, in his mid sixties. Wikipedia says that his aesthetics is guided by the idea that music is able "to articulate a human being's emotions and states of the soul in such a way that other human beings can embrace these emotions and states of the soul as their own". Well, his "music" didn't touch my soul, and, nobody's else according to the audience's reaction.
I also found out a comment by Alex Ross, music critic of The New Yorker, which said that once, in Pasadena, before a performance of Haas' Third String Quartet, which makes such extreme demands on players and audience alike, the concert hall requested listeners to sign a waiver absolving the venue of legal responsibility.
The good news is that at the end of tonight's audience, players and singers were still alive.
-------
Acabamos de voltar do Concerto Aniversário na Igreja de Friendenskirche (Igreja da Amizade), localizada dentro do complexo do Palácio de Sanssouci, em Potsdam. O concerto foi anunciado como contendo o Requiem de Mozart e a cantata de Bach "Uma Fortaleza é nosso Deus", duas peças muito agradáveis. Também mencionava uma peça da Haas intitulada Seven Sound Spaces. Eu não verifiquei quem era Haas, então eu não sabia do que esperar, mas pensei que alguém entre Mozart e Bach deveria ser bom. Eu estava errado.
Na realidade, estas Seven Sound Spaces são sete peças de vanguarda moderna (geralmente sinônimo de "pedaço de porcaria") entrelaçada com Requiem de Mozart. Então, entre o Dies Irae e a Tuba Mirum, a orquestra tocou cinco minutos de engarrafamento; antes do Rex Tremendae, os corais soavam como pessoas possuídas por espíritos perturbados; antes do Recordare, alguns instrumentos passaram vários minutos imitando o som de uma porta que precisava de óleo. Você entende. Abaixo está essa "obra-prima" do YouTube. Onde há música, é Mozart, em qualquer outro lugar, é o Haas.
A coisa é que, no final da peça, não houve aplausos. Nada disso. Depois de alguns minutos alguns tentaram puxar aplauso, mas ninguém seguiu. Silêncio total. Haviam 500 pessoas no público, e foi uma cena inacreditável de desaprovação. O que salvou o noite foi a música de Bach, que foi tocada por último.
Eu fiz algumas pesquisas na internet sobre Georg Friedrich Haas. Ele é austríaco e ainda vivo, com 65 anos. Wikipedia, a enciclopédia livre, diz que sua estética é guiada pela idéia de que a música é capaz de "articular as emoções dos seres humanos e o estágio das suas almas de um modo que eles possam abraças as emoções das suas almas." Bem, sua "música" não tocou minha alma, e, nenhum dos presentes, de acordo com a reação do público.
Eu também encontrei um comentário de Alex Ross, um crítico de música do New Yorker, que disse que, uma vez, em Pasadena, antes de uma apresentação do Terceiro Quarteto de Cordas, que faz exigências extremas tanto aos jogadores como ao público, a sala de concertos solicitou ouvintes para assinar uma renúncia.
A boa notícia é que, ao final do concerto, o público, os instrumentistas e os cantores ainda estavam vivos.
Friendenskirche (Church of Friendship), Sanssouci (Photo: Denise Puget)
Comments
Post a Comment